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quarta-feira, 25 de maio de 2011

Epístola de Paulo a II Timóteo

BREVE INTRODUÇÃO DA EPÍSTOLA
II Timóteo é uma das três cartas do apóstolo que faz parte, das chamadas cartas pastorais, chamadas assim por estarem estreitamente relacionadas, em sua estrutura, fraseologia e propósitos, que não podem ser encaradas como unidades separadas.
Na ocasião Paulo estava enfrentando a morte, naquele que seria o seu último encarceramento. Condenado como um seguidor de Jesus Cristo. Paulo sabia que logo seria executado, e por isso passa o bastão da liderança para seu filho amado Timóteo, lembrando-o que era verdadeiramente importante, e encorajando-o a fé.
Essa carta, fora também usada para combater modificações debilitantes e pervertidas, mostrando que existe uma verdade a ser promovida, e erros a serem corrigidos, e que o Senhor Jesus Cristo se acha no centro dessa verdade.

PORQUE A EPÍSTOLA FOI ESCRITA?
Essa epístola foi escrita porque era necessário que se designasse os últimos desejos e conselhos do apóstolo Paulo concernente ao Evangelho de Cristo. Então ele escreve para fazer Timóteo saber qual é a situação em que ele se encontra e para pedir-lhe que vá a Roma. Aproveita a ocasião para advertir contra falsos ensinos. Além disso, o apóstolo Paulo relembra os próprios sofrimentos e experimenta o conforto de ter combatido o bom combate da fé. Recomenda Timóteo a não se envergonhar do Evangelho de Cristo, mas proclamá-lo com integridade; tomar cuidado com as palavras vãs de falsos mestres que aparecerão; e a se manter perseverante, mesmo que deva sofrer junto com ele por causa do Evangelho de Cristo.

DATA EM QUE A EPÍSTOLA FOI ESCRITA
Paulo escreve a carta consciente de que seu tempo de vida está quase no fim, “Quanto a mim, estou sendo já oferecido por libação, e o tempo da minha partida é chegado” (II Tm. 4:6). A tradição e interpretação dos textos bíblicos estão de acordo que Paulo está encarcerado e tem diante de si a expectativa de em breve ser executado.
Aqueles que negam a autoria Paulina de II Timóteo datam a escrita em algum espaço de tempo do século dois, porém, essa hipótese é pouco provável.
Sendo assim, a carta provavelmente foi escrita em meados da década de 60 do primeiro século. Se levar em consideração a declaração de Eusébio a cerca do martírio de Paulo por volta do ano 67, então temos uma data na qual podemos dizer que II Timóteo foi escrito nesse ano ou no ano anterior. A epístola de Clemente, escrita pouco antes de 200 d.C, declara que Paulo foi preso novamente, por volta do ano 67 d.C., na Macedônia, e foi enviado a Roma, onde escreveu a sua última Epístola, a de Segunda Timóteo, sendo executado como mártir na primavera de 68 d.C.

LOCAL EM QUE FOI ESCRITA
Paulo estava encarcerado pela última vez. Segundo estudiosos a prisão era Roma, para qual ele foi levado após ser preso. Não tinha as regalias da primeira prisão que ficou em domicilio, dessa vez estava em uma masmorra fria, aguardando a morte.
Sabe-se que essa prisão em Roma não era aquela relatada em Atos, uma vez, que Timóteo e Marcos estavam com ele quando escrevera aos Colossenses, geralmente se aceita que essas duas cartas foram escritas de Roma, em sua segunda prisão.

PARA QUEM FOI ESCRITA A EPÍSTOLA
“a Timóteo, meu amado filho...” (II Tm. 1:2).
As evidências internas da carta e a maior parte dos historiadores, não deixam dúvida que II Timóteo fora direcionada por Paulo ao seu leal companheiro e fiel colaborador Timóteo. Esse ajudou o apóstolo Paulo constantemente em seu trabalho missionário. Desde o primeiro momento foi estabelecido um forte elo de intimidade entre os dois, nunca quebrado, de amizade e de confiança.
É perceptível observar, que ainda que essa carta tenha sido direcionada ao jovem Timóteo como crente individual, é muito provável que essa epístola, como também 1 Timóteo e Tito, tenha um desígnio instrutivo para qualquer crente que aspire à liderança na igreja, para que saibam quais as qualidades e os deveres que se esperam dele.

VERSÍCULO PRINCIPAL DA EPÍSTOLA
“Procura apresentar-te a Deus aprovado, como obreiro que não tem do que se envergonhar, que maneje bem a palavra da verdade” (II Tm. 2:15).

COMO TERMINA A EPÍSTOLA
Paulo conclui a epístola com pedidos pessoais e informações. Nestas palavras finais, ele revela sua solidão e seu forte amor por seus irmãos e irmãs em Cristo.
Mesmo em meio a calamidade da morte, Paulo se mostra confiante, afirmando sua convicção na vida eterna. Depois disso, envia saudações de alguns cooperadores do Evangelho, pede que ele vá até Roma para que o veja e encerra a epístola com a benção apostólica.

Epístola de Paulo a Tito

BREVE INTRODUÇÃO DA EPÍSTOLA
Tito e I Timóteo tratam de problemas idênticos. O evangelho foi anunciado pela, as comunidades foram iniciadas, vidas foram transformadas. Mas Paulo sabia que a igreja devia ser edificada em Cristo, não em qualquer outra pessoa. O apóstolo sabia que no final não estaria presente para edificar, encorajar, disciplinar e ensinar. Então treinou jovens pregadores para que assumissem a liderança de igrejas após sua partida. Paulo os exortou a centrarem suas vidas e sua pregação na Palavra de Deus, e a treinar outros para que o ministério tivesse continuidade.
Tito era um crente grego. Ensinado e disciplinado por Paulo, permaneceu diante dos líderes da Igreja em Jerusalém como um exemplo vivo do que Cristo estava fazendo entre os gentios. Foi um dos confiáveis companheiros de Paulo em suas viagens missionárias e um de seus amigos mais íntimos. Mais tarde tornou-se embaixador especial de Paulo e no final, o supervisor das Igrejas em Creta.
Nesta epístola Paulo exorta Tito a ser um bom exemplo de um crente maduro e a ensinar com coragem e convicção. Discute as responsabilidades gerais dos crentes na sociedade e lembra-o de evitar discussões que ocasionem divisões.
Como bom despenseiro de Cristo, Tito deverá fechar a boca de falsos mestres, ensinando, praticando e fazendo praticar a sã doutrina.

PORQUE A EPÍSTOLA FOI ESCRITA?
Esta epístola fora escrita de imediato para pedir a Tito que se encontra-se com Paulo em Nicópolis. Mais ainda, para encorajar Tito a cumprir a tarefa que o apóstolo deixou para ele realizar na ilha de Creta, também, para demonstrar a vontade salvadora de Deus e a salvação gratuita trazida por Cristo. Além do mais Tito, deve formar presbíteros que ensinem e vivam a sã doutrina.

DATA EM QUE A EPÍSTOLA FOI ESCRITA
Assim como I Timóteo, Tito foi escrita entre o primeiro e o segundo encarceramento de Paulo em Roma, portanto, fora escrita por volta de 64-65 d.C.

LOCAL EM QUE FOI ESCRITA
O local também é semelhante a I Timóteo, e pela data em que fora escrita, acredita-se os estudiosos que o lugar de escrita é mesmo a Macedônia, a qual, Paulo visitou após ser solto da sua primeira prisão em Roma.

PARA QUEM FOI ESCRITA A EPÍSTOLA
“a Tito, meu verdadeiro filho, segundo a fé comum...” (Tt. 1:4). Esta epístola foi direcionada a Tito, um grego convertido ao cristianismo através do ministério de Paulo, e que mais tarde tornou-se um fiel companheiro e discípulo do apóstolo, cooperando com o Evangelho de Cristo, tornando-se representante oficial de Paulo na ilha de Creta, e todos os crentes, em todos os lugares.

VERSÍCULO PRINCIPAL DA EPÍSTOLA
“Por esta causa te deixei em Creta, para que pusesses em boa ordem as coisas que ainda restam e, de cidade em cidade, estabelecesses presbíteros, como já te mandei instruí” (Tt. 1:5).

COMO TERMINA A EPÍSTOLA
Paulo encerra dizendo que qualquer pessoa que seja deve ser advertida se estiver causando uma divisão que ameace a unidade da igreja. Uma pessoa que não admite ser corrigida deve ser excluída da comunhão.
Depois Paulo dá as suas últimas recomendações particulares acompanhada com saudações e, por fim, se despede com uma curta benção apostólica

Epístola de Paulo a I Timóteo

BREVE INTRODUÇÃO DA EPÍSTOLA
Juntamente com a epístola a Tito, I e II Timóteo forma as chamadas epístolas pastorais. Timóteo foi discípulo e colaborador de Paulo, e é mencionado ou está sempre junto com o apóstolo quando este escreve suas epístolas.
No papel de um jovem ministro, Timóteo enfrentou todos os tipos de pressões, conflitos e desafios da igreja e da cultura que estava à sua volta. Para aconselhar e encorajar Timóteo, Paulo enviou essa epístola extremamente pessoal. Essa epístola confirma o relacionamento entre Paulo e Timóteo. Paulo inicia o seu conselho paternal, advertindo Timóteo a respeito dos falsos mestres e exortando-o a se apoiar em sua fé em Cristo. A seguir, Paulo examina a adoração pública, enfatizando da oração e da ordem nas reuniões da igreja.
Esta epístola contém muitas lições, principalmente no que concerne o relacionamento entre o líder e o seu discípulo.
Estamos longe de uma rígida organização jurídica, mas podemos dizer que temos aqui um verdadeiro ponto de partida para a reflexão teológica sobre o ministério na igreja.

PORQUE A EPÍSTOLA FOI ESCRITA?
Essa epístola foi escrita para aconselhar e encorajar o jovem ministro. Demonstra que Timóteo precisa desempenhar com firmeza e coragem a função ou o dom que recebeu de Cristo, exorta-o a tornar-se anunciador e defensor da verdade, a cuidar do crescimento organizacional da igreja e refutar os falsos mestres.

DATA EM QUE A EPÍSTOLA FOI ESCRITA
I Timóteo foi escrita provavelmente entre o primeiro e segundo encarceramento de Paulo, ou seja, entre 61/62 e 67 d.C.
Alguns críticos defendem a teoria que essa epístola foi escrita por um autor desconhecido que, entre 30 e 50 anos depois da morte de Paulo, escreveu em nome do apóstolo, a fim de promover determinadas doutrinas, no entanto, não existe fundamento histórico para essa teoria, e a data provável da escrita é cerca de 64 d.C.

LOCAL EM QUE FOI ESCRITA
Essa epístola foi escrita provavelmente antes de seu último encarceramento em Roma. Por ter apelado a César, Paulo foi enviado como prisioneiro a Roma. A maioria dos estudiosos acredita que o apóstolo foi libertado em aproximadamente 62 d.C., e que o apóstolo deva ter viajado nos anos seguintes.
No seu tempo de liberdade ele visitou novamente muitas igrejas na Ásia e na Macedônia, de onde escreveu essa epístola.

PARA QUEM FOI ESCRITA A EPÍSTOLA
“ a Timóteo, meu verdadeiro filho na fé...” (I Tm. 1:2). Como é uma carta pessoal e as próprias evidencias internas da epístola deixa claro que ela foi escrita para o jovem ministro de Cristo Timóteo.
É evidente que ela é aplicada a todas as épocas e tempos e instrui convidando a defesa da fé todos os líderes cristãos.

VERSÍCULO PRINCIPAL DA EPÍSTOLA
“Ninguém despreze a tua mocidade; mas sê o exemplo dos fiéis, na palavra, no trato, na caridade, no espírito, na fé, na pureza” (I Tm. 4:12).

COMO TERMINA A EPÍSTOLA
Paulo encerra essa epístola dizendo que o núcleo fundamental da fé é o compromisso do cristão com Deus e principalmente o seguimento de Jesus Cristo. É neste seguimento que se manifesta totalmente o Deus vivo.
A igreja não deve ser apenas uma instituição profissionalmente organizada; deve ser organizada de forma que Cristo possa ser honrado e glorificado.
É preciso guardar a fé que foi depositada em Cristo Jesus, pois ela é primordial para a vitória do servo de Deus. Por fim, Paulo se despede de Timóteo desejando a graça de Deus sobre ele.

Epístola de Paulo a Filemom

BREVE INTRODUÇÃO DA EPÍSTOLA
De todas as epístolas de Paulo, esta a Filemom é a mais breve e pessoal, a única escrita inteiramente de seu próprio punho. Paulo estava na prisão. O fato de Onésimo voltar com Tíquico para Colossos faz supor que esta carta foi escrita na mesma data que a carta aos Colossenses. Filemom parece ser membro importante da igreja de Colossos, talvez o líder do grupo que se reúne em sua casa.
Cristo veio como o grande destruidor de barreiras, derrubando a divisória do pecado que nos separava de Deus e desfazendo as barreiras que nos afastavam uns dos outros. Sua morte e ressurreição abriram caminho para a vida eterna, a fim de conduzir todo aquele que crê para a família de Deus.
A verdade que transforma vidas forma o cenário para Filemom. É uma carta de recomendação em favo de Onésimo, um escravo que fugiu do seu patrão Filemom. Foi para Roma, onde conheceu o apóstolo Paulo, que estava na prisão, e acabou se convertendo ao cristianismo.
Então Paulo escreve a Filemom e lhe reapresenta Onésimo, explicando que o está enviando de volta, não apenas como um escravo, mas como um irmão. Com habilidade, Paulo pede que Filemom aceite e perdoe seu irmão.
Paulo demonstra que as relações dentro da igreja cristã devem ser fraternais, o apóstolo esvazia completamente o estatuto da escravidão e a desigualdade entre as classes. Em Cristo todos são irmãos, com os mesmo direitos e deveres. E só Cristo é o Senhor.

PORQUE A EPÍSTOLA FOI ESCRITA?
Paulo queria interceder a favor de Onésimo e pedir a Filemom que perdoasse o escravo fugitivo. Segundo a lei romana, o furto envolvia a pena capital. Paulo pediu a Filemom que acolhesse Onésimo de volta como irmão em Cristo e até mesmo se ofereceu para restituir o dinheiro furtado. A epístola é uma perfeita jóia de cortesia, tato, delicadeza e generosidade. O ponto culminante da epístola é o apelo que Paulo faz a Filemom para que este aceite Onésimo como se fosse ele mesmo.

DATA EM QUE A EPÍSTOLA FOI ESCRITA
Data-se da mesma época que a epístola aos Colossenses, por volta de 60 d.C., na ocasião em que o apóstolo Paulo estava encarcerado em Roma e escreveu as cartas da prisão.

LOCAL EM QUE FOI ESCRITA
Há uma estreita ligação entre esta epístola e Colossenses. Onésimo devia acompanhar Tíquico até Colossos. Aqueles que enviam saudações nessa epístola as enviam também no final da epístola aos Colossenses. Igualmente, Timóteo é mencionado no versículo introdutório de cada uma das cartas. Deve estar claro, portanto, que Colossenses e Filemom foram escritas no mesmo local e pela mesma ocasião. Já foi concluído que Colossenses foi escrita de Roma, durante o seu encarceramento. Isto, portanto, vale também para Filemom, que fora escrita de Roma assim como Colossenses.

PARA QUEM FOI ESCRITA A EPÍSTOLA
“Paulo prisioneiro de Jesus Cristo, e o irmão Timóteo, ao amado Filemom, nosso cooperador, e à nossa irmã Áfia, e a Arquipo, nosso companheiro, e à igreja que está em tua casa:” (Fm. 1:1-2).
É uma epístola pessoal direcionada a Filemom, provavelmente um membro rico da igreja de Colossos, que mantinha a igreja em sua casa; e a todos os crentes em Cristo Jesus.

VERSÍCULO PRINCIPAL DA EPÍSTOLA
“Porque bem pode ser que ele se tenha separado de ti por algum tempo, para que retivesses para sempre, não já como servo; antes, mais do que servo, como irmão amado, particularmente de mim e quanto mais de ti, assim na carne como no Senhor” (Fm. 1:15-16).

COMO TERMINA A EPÍSTOLA
O amor que Paulo tinha por Onésimo era genuíno. Ele encerra essa epístola demonstrando o seu amor e garantindo pessoalmente o pagamento por quaisquer bens roubados ou erros pelos quais Onésimo pudesse ser responsabilizado.
Depois ele demonstra o seu desejo de ver a todos, manda saudações de seus companheiros de prisão e cooperados no Evangelho, e encerra com a benção apostólica.

segunda-feira, 23 de maio de 2011

Epístola de Paulo aos Colossenses

BREVE INTRODUÇÃO DA EPÍSTOLA
A igreja de Colossos foi fundada na terceira viagem de Paulo, durante seus três anos em Éfeso, mas não pelo próprio Paulo, mas por Epafras. Arquipo também exerceu ministério frutífero. Filemom era membro ativo dessa igreja, como também Onésimo.
Colossenses é uma epístola de conexões. Escrevendo da prisão de Roma, Paulo combateu falsos ensinos que haviam se infiltrado na igreja de Colossos. O problema era o sincretismo religioso, combinar idéias de outras filosofias e religiões com a verdade cristã. A heresia resultante mais tarde se tornou conhecida como gnosticismo, enfatizando o conhecimento especial e negando a Cristo a condição de Deus e Salvador.
Para combater esse grave erro, Paulo enfatizou a divindade de Cristo e sua morte sacrifical na cruz pelos nossos pecados. Somente estando conectado com Cristo pela fé alguém pode ter a vida eterna. E somente por meio de uma conexão contínua com Ele alguém pode ter poder para viver. Paulo enfatiza também as conexões dos crentes uns com os outros como o corpo de Cristo no mundo.
Só a renovação em Cristo pode derrubar as barreiras entre os homens, dando origem a novas relações humanas, radicalmente diferentes daquelas que costumam existir na sociedade.

PORQUE A EPÍSTOLA FOI ESCRITA?
Essa epístola foi escrita para enfatizar a divindade e a plena suficiência de Cristo, em contraste com o vazio da filosofia humana. Nessa epístola Paulo ainda encontra outras razões para escrever: louvar a fé e o amor dos colossenses, reconhecer o furto dos trabalhos deles, e elogiar a firmeza deles na fé em Cristo. Além, de combater, a insidiosidade dos falsos ensinos, com medidas rigorosas.

DATA EM QUE A EPÍSTOLA FOI ESCRITA
Paulo estava na prisão em Roma quando escreveu essa epístola, o que nos cabe argumentar que a data mais provável e aceita é 59-61/62 d.C., pois se trata de uma das epístolas da prisão, como se é conhecidas (Efésios, Filipenses, Colossenses e Filemom).

LOCAL EM QUE FOI ESCRITA
Na ocasião, o apóstolo Paulo estava na prisão quando a epístola aos Colossenses foi escrita. Concluímos, já em outras epístolas que as epístolas da prisão foram todas escritas de Roma; Filipenses, na ocasião imediatamente antes do julgamento real e, as outras três, em algum momento mais cedo.

PARA QUEM FOI ESCRITA A EPÍSTOLA
“aos santos e irmãos fiéis em Cristo que estão em Colossos...” (Cl. 1:2). Foi escrita a Igreja de Colossos, uma cidade na Ásia Menor, e a todos os crentes em todos os lugares.
VERSÍCULO PRINCIPAL DA EPÍSTOLA
“Porque nele habita corporalmente toda a plenitude da divindade. E estais perfeitos nele, que é a cabeça de todo principado e potestade” (Cl.2:9,10).

COMO TERMINA A EPÍSTOLA
Paulo termina a epístola com comentários pessoais sobre as associações cristãs comuns dos irmãos naquela cidade, fornecendo uma lição viva das conexões do corpo de Cristo. Como costuma fazer no fim de suas epístolas, Paulo cita por nome várias pessoas e também fala das pessoas que estão com ele, depois se despede com uma saudação e encerra com a benção apostólica, marca do apóstolo Paulo.

Epístola de Paulo aos Filipenses

FILIPENSES


BREVE INTRODUÇÃO DA EPÍSTOLA
A igreja de Filipos trata-se da primeira igreja que Paulo fundou na Europa, na segunda viagem missionária, por volta de 51 d.C. (At.16). Lídia e o carcereiro de Filipos estavam entre os convertidos. Lucas, o médico, autor de um dos evangelhos e de Atos dos Apóstolos, foi seu pastor durante os seis primeiros anos.
É possível que Filipos fosse a cidade natal de Lucas, onde praticava a medicina. Por certo, Lucas participou do aprimoramento do caráter da igreja de Filipos, a qual, pelo que sabemos, era uma das igrejas mais puras do Novo Testamento.
Essa epístola é a que mais representa a felicidade e alegria de Paulo. A igreja estabelecida naquela cidade da Macedônia havia sido um grande estímulo para Paulo. Os crentes filipenses haviam experimentado um relacionamento especial com ele. Portanto, Paulo enviou-lhes uma expressão pessoal de seu amor e afeto. Filipenses é também um livro sobre a alegria porque enfatiza a verdadeira alegria da vida cristã.
Durante sua vida, dedicada à obra de Cristo, Paulo havia enfrentado a extrema pobreza, a abundante riqueza e tudo o mais que pode acontecer entre uma e outra. Chegou até mesmo a escrever essa epístola tão cheia de alegria estando em um cárcere.

PORQUE A EPÍSTOLA FOI ESCRITA?
Foi escrita para agradecer aos Filipenses pela oferta que lhe haviam enviado; anunciar a visita de Timóteo a Filipos e explica a volta imprevista Epafrodito; advertir a igreja sobre a divisão causada pelo espírito de competição e egoísmo de alguns; prevenir a igreja contra os pregadores judaizantes, que põem a salvação na circuncisão e na observação da Lei; relembrar os cristãos de Filipos que a autenticidade do Evangelho, anunciado e vivido, está na cruz de Cristo.
O apóstolo Paulo mostra que a salvação só depende de Jesus Cristo. É Jesus que feito homem e morto em uma cruz, recebeu do Pai o poder de dar aos homens a salvação. Esta epístola, portanto, fornece o critério para que uma igreja cristã saiba reconhecer o verdadeiro Evangelho e quais são os pregadores autênticos.


DATA EM QUE A EPÍSTOLA FOI ESCRITA
Como já vimos na epístola de Paulo aos Efésios, Filipenses foi escrita no tempo em que Paulo esteve encarcerado em Roma, durante dois anos de prisão domiciliar, o que nos implica datar essa epístola entre os anos de 59-61/62 d.C.
LOCAL EM QUE FOI ESCRITA
Como já foi discutido anteriormente na epístola de Paulo aos Efésios, essa epístola juntamente com Efésios, Colossenses e Filemom, foram escritas de Roma, quando Paulo esteve aprisionado em domicilio.

PARA QUEM FOI ESCRITA A EPÍSTOLA
“... A todos os santos em Cristo Jesus que estão em Filipos, com os bispos e diáconos:” (Fp. 1:1). Os filipenses eram uma colônia romana. Isso quer dizer que eles eram cidadãos romanos e gozavam de todos os privilégios de cidadãos de Roma. A epístola é direcionada também aos líderes de Filipos e aos cristãos em geral.

VERSÍCULO PRINCIPAL DA EPÍSTOLA
“Regozijai-vos, sempre, no Senhor, outra vez digo: regozijai-vos!” (Fp. 4:4).

COMO TERMINA A EPÍSTOLA
Paulo encerra a epístola agradecendo o amor e a contribuição dos filipenses, que tanto contribuíram para a obra do Evangelho. Paulo compara essa oferta como um sacrifício oferecido a Deus, sacrifício que Deus aceita e lhe agrada. Como é costumeiro, Paulo termina sua epístola mandando saudações e dando a benção apostólica.

quinta-feira, 19 de maio de 2011

Epístola de Paulo aos Efésios

EFÉSIOS

BREVE INTRODUÇÃO DA EPÍSTOLA
Em três corajosas viagens missionárias Paulo e seus companheiros fundaram assembléias locais em inúmeras cidades gentílicas. Uma das igrejas mais proeminentes foi a de Éfeso, fundada no ano de 53 d.C., na viagem de retorno de Paulo a Jerusalém. Mas o apóstolo visitou essa igreja um ano mais tarde, em sua terceira viagem missionária. E lá permaneceu durante três anos pregando e ensinando com grande eficiência.
Paulo escreveu essa epístola à igreja em Éfeso e a enviou por Tíquico. Ela não foi escrita para combater heresias ou enfrentar qualquer problema específico. Ao contrário, trata-se de uma carta de encorajamento na qual Paulo descreve a natureza e a estrutura da igreja, e desafia os crentes a agirem como representantes do corpo de Cristo na terra.


PORQUE A EPÍSTOLA FOI ESCRITA?
Paulo dedicou sua vida a ensinar os gentios que estes podiam ser cristãos sem se converter ao judaísmo. Essa doutrina desagradava os judeus em geral, que consideravam a lei mosaica obrigatória para todas as pessoas e tinham muito preconceito contra quaisquer gentios incircuncisos que ousassem chamar-se de discípulos do Messias dos judeus.
Embora Paulo ensinasse os cristãos gentios a permanecerem inabaláveis e irremovíveis como rochas na liberdade que tinham em Cristo, contudo, que não tivessem preconceitos contra os companheiros cristãos judeus, mas que os considerassem irmãos em Cristo.
Ele escreveu para ensinar a cerca da unidade, de que a igreja é uma só, com judeus e gentios unidos em Cristo Jesus. Fortalecer a fé cristã dos crentes de Éfeso e explicar a natureza e o propósito da igreja, o corpo de Cristo.

DATA EM QUE A EPÍSTOLA FOI ESCRITA
Efésios é uma das quatro epístolas da prisão que Paulo escreveu durante o seu primeiro encarceramento em Roma no período de 59-61/62 d.C. Ele escreveu essa epístola, durante os dois anos quando esteve morando como prisioneiro em sua própria casa alugada.

LOCAL EM QUE FOI ESCRITA
Sabe-se que Efésios, juntamente com Filipenses, Colossenses e Filemom são as epístolas da prisão, escritas todas de Roma, na ocasião do encarceramento do apóstolo Paulo.
Contudo, muitas teorias têm sido proposta para a localidade da escrita. Alguns estudiosos dizem que Paulo escreveu essas epístolas da cidade de Éfeso ou de Cesaréia, uma vez que, Paulo ficou preso em Cesaréia por dois anos e o termo pretório, poderia significar a guarda de Herodes (At. 23:35).
No entanto, a localidade mais aceita para a escrita de Efésios é Roma, onde Paulo estava preso em domicílio, sobre a vigilância da guarda romana, de onde, Paulo pode enviar Timóteo e Epafrodito.

PARA QUEM FOI ESCRITA A EPÍSTOLA
Foi escrita para a igreja em Éfeso e aos crentes em Cristo em toda a parte. Essa expressão em Éfeso, que se referem ao local da residência de seus leitores originais, não se encontra nos manuscritos mais antigos, por isso, alguns vão identificar a igreja de Laodicéia como a possível destinatária da epístola.
No entanto, é mais provável que essa epístola tenha sido escrita como uma epístola circular, dirigida a diversas igrejas locais da Ásia Menor, nas vizinhanças gerais de Éfeso.

VERSÍCULO PRINCIPAL DA EPÍSTOLA
“Há um só corpo e um só Espírito, como também fostes chamados em uma só esperança da vossa vocação; um só Senhor, uma só fé, um só batismo; um só Deus e Pai de todos, o qual é sobre todos, e por todos, e em todos” (Ef. 4:4-6).

COMO TERMINA A EPÍSTOLA
Paulo encerra a epístola recomendando que os cristãos estejam revestidos das armas espirituais de Deus, para combater firmemente as forças espirituais do mal, guerreando dia após dia contra o pecado. Ele informa que está enviando seu companheiro Tíquico, que daria mais noticias a respeito da situação do apóstolo, saúda a todos e encerra com a benção apostólica.

Epístola de Paulo aos Gálatas

GÁLATAS

BREVE INTRODUÇÃO DA EPÍSTOLA
Essa epístola representa nosso alvará para a liberdade cristã, por isso, que muitos a chamam como a carta magna cristã. Nesta tão profunda epístola, Paulo proclama a realidade de nossa liberdade em Cristo – livres da lei e do poder do pecado, a fim de, servimos ao Senhor, que é vivo e presente.
Grande parte dos primeiros convertidos e líderes da igreja primitiva era formado por judeus cristãos que proclamavam Jesus como Messias. Como judeus cristãos, lutavam contra uma dupla identidade, onde sua tradição judaica os obrigava a serem rígidos seguidores da lei, mas sua recém-encontrada fé em Cristo os convidava a celebrar uma santa liberdade.
Eles estavam curiosos por entender como gentios podiam fazer parte do Reino de Deus. Essa controvérsia dividia a igreja primitiva. Os judaizantes, uma facção de judeus extremistas dentro da igreja ensinava que os cristãos gentios eram obrigados a obedecer às leis e tradições judaicas, além de sua fé em Cristo.
Essa epístola é um escrito que refuta essas idéias judaizantes, levando os crentes a viverem o evangelho, puro, original e santo. A salvação é pela graça de Deus, pela fé em Jesus Cristo, e nada mais.

PORQUE A EPÍSTOLA FOI ESCRITA?
Após algum tempo que Paulo partiu da Galácia, apareceram certos mestres judeus insistindo em que os gentios não podiam ser cristãos sem também observar a lei de Moisés. Os gálatas estavam aceitando a doutrina deles com a mesma sinceridade com que originalmente aceitaram a mensagem do Evangelho por meio de Paulo.
Quando Paulo fica sabendo desses acontecimentos, escreve essa epístola para lhes explicar que a circuncisão, embora tivesse sido parte necessária da vida nacional dos judeus, não fazia parte do evangelho de Cristo e absolutamente não dizia respeito à salvação. Explicou que todos são justificados pela fé em Cristo Jesus.
Paulo ainda escreve para combater a perversão do evangelho e para restaurar estes cristãos gálatas à liberdade espiritual, que uma vez desfrutaram em Jesus Cristo. Paulo defende o seu apostolado e autoridade de proclamar o evangelho da graça e da fé, demonstrando a superioridade do único e verdadeiro evangelho sobre as perversões legalistas dos mestres do erro.

DATA EM QUE A EPÍSTOLA FOI ESCRITA
Para se fixar uma data mais precisa para a escrita de Gálatas deve se considerados considerar a identificação das igrejas como sendo ou da Galácia do Norte ou da Galácia do Sul, esse ponto é fundamental para se chegar a uma data considerável da epístola aos Gálatas.
Se aceitar a teoria da Galácia do Norte, ou seja, o norte da Ásia Menor, então a data da escrita da epístola aos Gálatas seria extremamente difícil, pois não há praticamente nenhum indício, no livro de Atos, que nos permita acompanhar nesse livro histórico as atividades do apóstolo Paulo nessa região citada. Contudo, se essa teoria está com a razão, então o ano de 52 d.C. seria uma data razoável para a escrita da epístola. Mas outros estudiosos ainda atribuem a data da epístola a 57 ou 58 d.C.
Se aceitar a teoria da Galácia do Sul, como razoável a escrita da epístola, então, uma data mais antiga é possível, ocorrendo por volta de 49-50 d.C, logo pós o Concílio de Jerusalém. Essa é a teoria mais aceita, pois possui uma maior extensão do comércio daquela época.

LOCAL EM QUE FOI ESCRITA
Como vimos na data, se a teoria do Norte está com a razão, então a localidade mais provável de onde Paulo escreveu essa epístola foi a cidade de Éfeso, onde permaneceu por três anos.
No entanto, como se aceita como mais provável a teoria do Sul, então o lugar de origem da escrita de Paulo aos Gálatas poderia ser Antioquia da Síria, lugar para o qual Paulo retornou, depois de sua primeira viagem missionária.

PARA QUEM FOI ESCRITA A EPÍSTOLA
A epístola foi escrita aos cristãos da Galácia (Gl. 1:2), esses cristão pertenciam às igrejas do Sul da Galácia fundadas na primeira viagem missionária de Paulo (incluindo Icônio, Listra e Derbe) e os cristãos de toda parte.
Esta carta não foi direcionada a nenhum grupo restrito de crentes; ela provavelmente circulou por diversas igrejas da Galácia.


VERSÍCULO PRINCIPAL DA EPÍSTOLA
“Estais, pois, firmes na liberdade com que Cristo nos libertou e não torneis a meter-vos debaixo do jugo da servidão” (Gl. 5:1).

COMO TERMINA A EPÍSTOLA
A epístola encerra com os últimos conselhos de Paulo que mais uma vez afirma que a circuncisão não tem nada a ver com a salvação, pois o que salva mesmo é a fé em Jesus Cristo e esse crucificado em favor de todos. Ele se despede com palavras duras, não porque não ame os gálatas, mas exatamente porque ele quer que a paz e a misericórdia de Deus estejam sempre com eles. Por fim, Paulo termina a carta com um adeus carinhoso, e decretando a benção apostólica sobre eles.

Segunda Epístola de Paulo aos Coríntios

II CORÍNTIOS

BREVE INTRODUÇÃO DA EPÍSTOLA
Paulo lutou constantemente contra aqueles que enganam o povo de Deus e entregou sua vida a divulgação das Boas Novas nas partes mais distantes do mundo. Durante suas viagens missionárias, entre outras, ele proclamou o genuíno e eficaz Evangelho, pregando Cristo e esse Crucificado e Ressuscitado dentre os mortos, as pessoas se convertiam e, assim, as igrejas eram uma a uma estabelecida.
Porém, os novos convertidos eram pressas fáceis para os falsos mestres e falsos ensinos. Esses eram uma ameaça constante para os novos crentes, para o Evangelho e para a igreja primitiva. Por isso, Paulo teve que despender muito tempo advertindo e corrigindo estes novos cristãos.
A igreja de Corinto era frágil, cercada de idolatrias e de imoralidade de todos os gêneros, seus membros enfrentavam uma luta constante que envolvia a fé e o estilo de vida cristã. Ele então escreve defendendo o seu apostolado, pois sabia que os crentes de Corinto haviam recebido as suas palavras anteriormente e que estavam começando a amadurecer na fé.
Paulo afirma que é necessário submeter-se a verdade da Palavra de Deus e se preparar com todas as ferramentas para combater e rejeitar os falsos ensinos.

PORQUE A EPÍSTOLA FOI ESCRITA?
Foi escrita pelo que parece, principalmente para vindicação do apostolado de Paulo, bem como lembrar que o tendo ele mesmo como fundador dessa igreja, ele possuía algum direito de emitir seu parecer sobre o modo de ela ser dirigida.
Outros motivos eram a refutação dos falsos ensinos disseminados em meio à igreja; mostrar o sentido da verdadeira espiritualidade; sua alegria pelo crescimento espiritual dos crentes de Corinto expressando total reconciliação entre eles; a coleta para a igreja de Jerusalém; e ainda uma repreensão contra os insubordinados e desobedientes.

DATA EM QUE A EPÍSTOLA FOI ESCRITA
Na sua terceira viagem missionária, Paulo passou três anos em Éfeso (54-57 d.C.). Na primavera de 55 d.C., enquanto ainda estava em Éfeso, Paulo escreveu I Coríntios. Pouco depois, houve grande tumulto entre os populares e Paulo quase perde a vida.
Partindo de Éfeso, Paulo entra na Macedônia a caminho de Corinto. Enquanto se encontra na Macedônia, no verão e outono de 55 d.C., Paulo visitou igrejas na região de Filipos e de Tessalônica, em meio a muitas lutas e sofrimentos. Depois de esperar durante um longo período de tempo por noticias de Corinto, Paulo encontrou-se com Tito, que viera de Corinto com o relato que sua epístola surtira um bom resultado. Com base nessas informações, podemos inferir com segurança que a segunda epístola aos Coríntios não pode ter sido escrita antes do fim de 54 d.C.
II Coríntios, segundo estudiosos é uma fusão de mais de uma epístola, onde a primeira parte dessa epístola fora escrita no fim de 54 d.C. ou início de 55 d.C., depois que Paulo partira de Éfeso, quando estava na Macedônia, onde encontrou-se com Tito; e a outra parte da epístola fora escrita algum tempo mais tarde, se transformado assim, em uma única epístola.

LOCAL EM QUE FOI ESCRITA
Quando Paulo partiu de Éfeso, passou por Trôade, chegando até a Macedônia. Enquanto permaneceu na Macedônia, Paulo visitou muitas igrejas na região de Filipos e de Tessalônica. Depois de esperar por um longo período de tempo respostas acerca de Corinto, se encontrou com Tito que lhes trouxe informações dessa igreja, onde alguns líderes dessa igreja ainda negavam ser Paulo genuíno apóstolo de Cristo. Foi então que Paulo escreveu essa carta e enviou por meio de Tito.

PARA QUEM FOI ESCRITA A EPÍSTOLA
Paulo identifica os seus leitores como “à igreja de Deus que está em Corinto, com todos os santos que estão em toda a Acaia” (II Co. 1:1)
Como já vimos em I Coríntios, essa igreja era composta de muitos povos, judeus convertidos ao cristianismo, pagãos e gentios. Pois a cidade de Corinto era um grande centro comercial, que abrigava e recebia pessoas de diversas nacionalidades e crenças.

VERSÍCULO PRINCIPAL DA EPÍSTOLA
“Pois o amor de Cristo nos constrange, porque estamos convencidos de que um morreu por todos; logo, todos morreram. E ele morreu por todos para que aqueles que vivem já não vivam mais para si mesmos, mas para aquele que por eles morreu e ressuscitou. De sorte que somos embaixadores da parte de Cristo, como se Deus por nós rogasse. Rogamos-vos, pois, da parte de Cristo, que vos reconcilieis com Deus” (II Co. 5:14-15,20).

COMO TERMINA A EPÍSTOLA
Paulo termina a segunda epístola aos Coríntios, demonstrando o desejo que tem de ver esses crentes maduros na fé e bem fundamentados no Evangelho de Cristo, como verdadeiros irmãos em Cristo Jesus. É preciso retirar do meio do povo cristão, toda inveja, ira, porfia, mexericos, e tantas outras coisas que são prejudiciais ao corpo de Cristo.
No final, Paulo recomenda que eles busquem a cada momento a perfeição de em Cristo Jesus e os saúda, se despedindo com a famosa benção apostólica, que inclui a Santíssima Trindade, Deus Pai, Deus Filho e Deus Espírito Santo.

Primeira Epístola de Paulo aos Coríntios

I CORÍNTIOS

BREVE INTRODUÇÃO DA EPÍSTOLA
Os seguidores de Cristo são novas criaturas em sua pessoa, nascidas de Deus e interiormente transformadas, com valores e estilos de vida que confrontam o mundo e colidem com a moral normalmente aceita pelos não-crentes.
Os cristãos de Corinto lutavam contra o meio em que viviam. Cercados pela corrupção moral, sexual e por todos os pecados concebíveis, sentiam a pressão para se adaptar. Sabiam que eram livres em Cristo. A fé dos cristãos estava sendo provada no recipiente da imoral Corinto, e alguns deles estavam falhando na prova.
Paulo ouviu falar das lutas de Corinto e escreveu esta epístola para tratar dos problemas daquela igreja, sanar divisões e responder às perguntas dos crentes coríntios. Ele enfatizou a mensagem clara e simples do evangelho em torno do qual todos os crentes deveriam se reunir, explicou o papel dos líderes da igreja e os exortou a crescerem em sua fé.
Nessa epístola Paulo confronta os irmãos de Corinto com os pecados e negligencias deles. Ele alerta todos os cristãos para serem cuidadosos, não se misturarem com o mundo e aceitarem seus valores e estilos de vida. É preciso viver centrado em Cristo, inculpáveis, vivendo no amor que faz diferença.

PORQUE A EPÍSTOLA FOI ESCRITA?
Na presente epístola, Paulo responde a diversos questionamentos levantados, como: as divisões entre os membros da igreja, a imoralidade, os litígios judiciais de uns contra os outros e práticas impróprias na ceia do Senhor. Trata também de falsos ensinos a respeito da ressurreição do corpo e encoraja a igreja de Corinto a fazer donativos para o sustento dos crentes judeus pobres de Jerusalém.

DATA EM QUE A EPÍSTOLA FOI ESCRITA
O período em que Paulo permaneceu em Corinto, em contraste com suas visitas a outras regiões e localidades, pode ser determinado com grande precisão. Em Atos 18:2, relata a chegada de Priscila e Áquila em Corinto, o que acontecera por volta de 49 d.C.
Provavelmente Paulo chegou até Corinto na primavera de 50 d.C., tendo partido dali no outono de 51 d.C. Em conseqüência disso, pelo menos sabemos que a primeira epístola aos Coríntios foi escrita algum tempo depois disso.
Quanto à data da escrita, não se é difícil determinar, pois se é pouco questionado, e as fontes históricas que se possuí facilita aceitar a data que é mais contundente a realidade da epístola. É de consenso da maior parte de pesquisadores e estudiosos, que Paulo tenha escrito essa epístola por volta do inicio de 55 d.C, na ocasião da sua estadia em Éfeso, que já perdurava por volta de dois anos e meios, algo que aconteceu pouco antes do Pentecoste.

LOCAL EM QUE FOI ESCRITA
Não se existem muitas dúvidas quanto à localidade da escrita de I Coríntios, pois as evidências internas da carta dão respostas quanto a isso, conforme nos mostra I Co. 16:7,8 “Porque não vos quero agora ver de passagem, mas espero ficar com vocês algum tempo, se o Senhor permitir. Ficarei, porém, em Éfeso até o Pentecoste”.
Essa passagem deixa clara a localidade da escrita da epístola, não sendo necessário tentar procurar outros possíveis locais, pois o apóstolo Paulo já o identifica na epístola.
PARA QUEM FOI ESCRITA A EPÍSTOLA
Paulo identifica os seus leitores como “santificados em Cristo Jesus, chamados santos, com todos os que em todo lugar invocam o nome do Nosso Senhor Jesus Cristo, Senhor deles e nosso” (I Co. 1:2).
Essa igreja era composta de muitos povos, judeus convertidos ao cristianismo, pagãos e gentios. Pois a cidade de Corinto era um grande centro comercial, que abrigava e recebia pessoas de diversas nacionalidades e crenças.

VERSÍCULO PRINCIPAL DA EPÍSTOLA
“Rogo-vos, porém, irmãos, pelo nome de nosso Senhor Jesus Cristo, que digais todos uma mesma coisa e que não haja entre vós dissensões; antes, sejais inteiramente unidos, em um mesmo sentido e em um mesmo parecer” (I Co. 1:10).

COMO TERMINA A EPÍSTOLA
A epístola termina com algumas questões pessoais. Primeiro Paulo fala acerca da coleta a favor dos crentes pobres de Jerusalém; o primeiro dia da semana é estabelecido para a adoração cristã; depois Paulo faz diversas recomendações pessoais, entre elas a possibilidade de Timóteo ir até eles, ao qual, deverá ser bem recebido, pois é um cooperador na obra do Senhor; por fim, a epístola traz várias saudações dos irmãos em Cristo e do próprio apóstolo Paulo, encerrando-se como de prática, com a benção apostólica.

Segunda Epístola de Paulo aos Tessalonicenses

II TESSALONICENSES

BREVE INTRODUÇÃO DA EPÍSTOLA
Paulo havia escritos anteriormente com a finalidade de ajudá-los a crescer na fé, confortando-os e encorajando-os, afirmando a realidade da parousia de Cristo. Pouco tempo depois, Paulo recebe a notícia de que os Tessalônicos entenderam mal o ensino da parousia de Jesus. Seu anuncio de que Jesus poderia voltar a qualquer momento, fez com que muito se acomodassem, chegando a ponto de não quererem mais trabalhar, esperando por Cristo, e se justificando nos escritos do apóstolo.
Paulo então envia essa segunda epístola a essa jovem igreja. Nela, Paulo repassa instruções adicionais com respeito à segunda vinda de Jesus e do Dia do Senhor. Ela dá continuidade a primeira epístola e faz uma chamamento a uma vida de coragem contínua e a uma conduta coerente como testemunhas de Cristo.

PORQUE A EPÍSTOLA FOI ESCRITA?
Após a primeira carta ser enviada, Paulo continuou receber relatórios da situação de Tessalônica, onde, a parousia de Cristo continuava a ser um tema intensamente referido, do qual, alguns estavam abusando e expondo a pontos de vistas errôneos. Então Paulo, escreve a segunda epístola para explicar diretamente as áreas problemáticas da parousia, para encorajar os de coração fraco e repreender os ociosos, tornando claro alguns aspectos da segunda vinda do Senhor.
Paulo ainda tem outros motivos para ter escrito essa epístola, sendo alguns deles: para felicitá-los por seu crescimento espiritual; para consolá-los em suas perseguições; e para corrigir a conduta desordenada em meio à igreja.

DATA EM QUE A EPÍSTOLA FOI ESCRITA
A primeira epístola foi escrita no fim de 50 d.C. ou inicio de 51 d.C., pelas evidências internas da epístola, conclui-se que a segunda Tessalonicenses foi escrita logo depois, quando Paulo estava em Corinto, com Silas e Timóteo.
Sendo assim, a maioria dos estudiosos estão de acordo que a segunda epístola de Paulo aos Tessalonicenses fora escrita poucos meses depois da primeira, datando-a em meados ou final de 51 d.C.

LOCAL EM QUE FOI ESCRITA
Quando Timóteo e Silas se encontraram com Paulo, em Corinto, a primeira epístola foi escrita com base no relatório que Timóteo trouxera, a fim de encorajar a igreja e dar algumas instruções desses problemas. Pouco tempo depois, chegaram a Paulo relatórios, de fontes não identificadas, acerca da igreja. Assim, ele escreveu uma segunda epístola, o que automaticamente leva a entender e aceitar que ele ainda se encontrava em Corinto quando escrevera II Tessalonicenses.

PARA QUEM FOI ESCRITA A EPÍSTOLA
Assim como a primeira epístola aos Tessalonicenses, essa epístola foi escrita para os tessalônicos, que eram a maioria, ou todos, eles não-judeus, isto é, pagãos. Eles deixaram os ídolos para servir ao Deus vivo e verdadeiro. Por isso, também foram perseguidos pelos seus patrícios.

VERSÍCULO PRINCIPAL DA EPÍSTOLA
“Ora, o Senhor encaminhe o vosso coração no amor de Deus e na paciência de Cristo. Mandamos-vos, porém, irmãos, em nome de nosso Senhor Jesus Cristo, que vos aparteis de todo irmão que andar desordenadamente e não segundo a tradição que de nós recebeu. Porque vós mesmos sabeis como convém imitar-nos, pois que não nos houvemos desordenadamente entre vós, nem de graça, comemos o pão de homem algum, mas com trabalho e fadiga, trabalhando noite e dia, para não sermos pesados a nenhum de vós” (II Ts. 3:5-8)

COMO TERMINA A EPÍSTOLA
Paulo encerra a epístola aconselhando os irmãos a não se misturarem com aqueles que não querem largar a ociosidade, contudo tratando cada vida com amor e vendo-os como irmãos. Após esse pedido, Paulo faz uma oração pelos tessalônicos, os saúdam e se despede ministrando como de costume em suas cartas, a benção apostólica.

Primeira Epístola de Paulo aos Tessalonicenses

I TESSALONICENSES

BREVE INTRODUÇÃO DA EPÍSTOLA
Essa epístola é provavelmente a mais antiga das epístolas de Paulo ainda existentes, enviada com o intuito de encorajar o crescimento cristão dos novos convertidos da igreja de Tessalônica e de dirimir dúvidas levantadas, principalmente a respeito da Parousia de Cristo, ou seja, a Segunda Vinda do Senhor.
Paulo fundou essa igreja na segunda viagem missionária. Apesar do pouco tempo que esteve com os irmãos tessalônicos, provocou grande comoção ali. Pouco tempo depois teve que fugir devido perseguição, correndo o risco de perder todo o seu trabalho desenvolvido ali, diante das inúmeras propostas que essa cidade oferece.
Paulo mesmo distante demonstra o amor que tem sobre aqueles irmãos, preocupados com a fé deles, envia diversos conselhos que irão fortalecer a vida cristã daqueles novos convertidos e firmá-los no fundamento perfeito que é Jesus Cristo. Entre esses conselhos, Paulo afirma que eles precisam olhar ativamente para Cristo e depositarem a sua confiança no Senhor que novamente ressurgirá para entregar de uma vez por toda a vitória aos seus seguidores.

PORQUE A EPÍSTOLA FOI ESCRITA?
É possível encontrar várias razões para a escrita dessa carta, pois ela está rica de ensinamentos valiosos para a vida do cristão. No entanto, destacaremos as motivações principais do apóstolo Paulo a escrever essa carta.
Ele escreve para regozijar-se com seus amigos, por causa de seu amor por ele e a firmeza deles na fé; para exortar os cristãos tessalônicos a continuarem firmes e a crescerem num modo de vida que agrade a Deus, buscando a santificação; para defender o seu apostolado e caráter; e para esclarecer qualquer compreensão errada acerca da Segunda Vinda de Cristo, mostrando para eles que aqueles que estão vivos na parousia de Cristo não terão nenhuma vantagem sobre aqueles que morreram em Cristo Jesus.
Esses são os motivos principais, pelos quais, o apóstolo Paulo escreve essa epístola.

DATA EM QUE A EPÍSTOLA FOI ESCRITA
As informações internas da epístola nos trazem uma idéia de qual período se trata a epístola. Paulo havia fundado essa igreja na sua segunda viagem missionária, por volta de 50 a 51 d.C., não passando muito tempo ali. O grupo evangelizador dirigiu-se para a Beréia, e dali partiu para Atenas. Paulo enviou Timóteo de volta a Tessalônica, enquanto ele mesmo queria ter feito isso, mais foi impedido de retornar.
Devido às muitas dúvidas surgidas em meio a esse grupo de pessoas que haviam aceitado a Cristo, Paulo então decide enviar diversos ensinamentos. Relacionando à permanência de Paulo na cidade de Corinto (At. 18:12) podemos obter uma data relativamente segura para essa questão, a única data diretamente firmada pela arqueologia para os acontecimentos do livro de Atos. Sendo assim, pode-se datar essa epístola em cerca do fim de 50 d.C. ou começo de 51 d.C.

LOCAL EM QUE FOI ESCRITA
Depois que Paulo deixou Tessalônica (At. 17:10), se dirigiu para a Beréia e depois partiu sozinho até Atenas (At. 17:15). Chegando Timóteo até Atenas, Paulo o enviou imediatamente de volta até Tessalônica, enquanto ele mesmo queria ir ter com os irmãos, mas fora impedido de retornar. A menção de Paulo à Acaia, em (I Ts. 1:7), indica que ele se encontrava naquela região quando escreveu essa epístola, isto é, achava-se em Corinto, uma das principais cidades da região. Quando Timóteo lhe foi encontrar na cidade de Corinto, trouxe um relatório da situação que a igreja Tessalônica se encontrava, o que motivou Paulo a escrever a epístola daquele lugar.

PARA QUEM FOI ESCRITA A EPÍSTOLA
Essa epístola foi escrita para os tessalonicenses, eram a maioria, ou todos, eles não-judeus, isto é, pagãos. Eles deixaram os ídolos para servir ao Deus vivo e verdadeiro (1:9). Por isso, também foram perseguidos pelos seus patrícios.

VERSÍCULO PRINCIPAL DA EPÍSTOLA
“Porque o mesmo Senhor descerá do céu com alarido, e com voz de arcanjo, e com a trombeta de Deus; e os que morreram em Cristo ressuscitarão primeiro. Depois nós, os que ficarmos vivos, seremos arrebatados juntamente com eles nas nuvens, a encontrar o Senhor nos ares, e assim estaremos sempre com o Senhor. Portanto, consolai-vos uns aos outros com estas palavras” (I Ts. 4:16-18).

COMO TERMINA A EPÍSTOLA
A epístola termina com o apóstolo pedindo oração pela sua vida, mostrando que Paulo sentia necessidade das orações de seus amigos e irmãos em Cristo Jesus. Depois propõe que os irmãos se saúdem com ósculo santo, o beijo era uma forma aceita de saudação afetuosa em várias áreas da vida antiga. Era uma marca da união em Cristo.
Paulo ainda recomenda por meio de uma súplica solene, que todos leiam a epístola, e que todos os santos em Cristo Jesus a leiam. Essa ênfase que ele dá de que todos devem ler, pode indicar que ele esteja pensando em uma reunião com todos os membros da igreja.
A carta é encerrada, como de costume paulino, com a benção apostólica, levando os leitores para o coração do evangelho de Paulo, à Pessoa de Jesus Cristo como Senhor e a fonte do amor divino.

terça-feira, 3 de maio de 2011

Poema sobre o Evangelho de João

SENHOR JESUS SENHOR!

ERREI SENHOR, ERREI, E POR ISSO ESTOU TÃO TRISTE,
NÃO SEI, QUEM SABE, EXISTE,
UM MEIO DE ME PERDOAR,
SOMENTE O TEU AMOR É CAPAZ DE ME RESGATAR.

SOFRI SENHOR, SOFRI, MAS AGORA ESTOU FELIZ,
MUITO TEMPO ESPEREI PRA DIZER,
DE QUE AGORA EU QUERO FAZER,
O QUE O SENHOR ME ENSINOU, PORÉM, AINDA SOU UM MERO APRENDIZ.

AMEI SENHOR, AMEI COM UM AMOR SEM IGUAL,
A TUA OBRA REDENTORA, CORDEIRO DE DEUS,
VINDO PRIMEIRO PARA OS SEUS,
AINDA QUE MUITOS O RECUSARAM, POR NÃO ENTENDER O ESPIRITUAL.

ENTENDO SENHOR, ENTENDO O TEU IMENSO AMOR
TU ÉS A LUZ QUE RESPLANDECE SOBRE AS TREVAS,
MANIFESTAS-TE O TEU PODER NAS BODAS DE UMA FESTA
E FAZ MARAVILHAS SEM PAR, AO POBRE SOFREDOR.

PENSEI SENHOR, PENSEI COMO ÉS SUBLIME
MESMO EM MEIO A DOR E SOFRIMENTO
TU OS OLHASTES COMPASSIVAMENTE
PERDOANDO OS TEUS OPRESSORES DO CRIME.

ÓH MEU JESUS, TU ÉS O CAMINHO
NINGUÉM QUE ANDA CONTIGO SE PERDE
NINGUÉM QUE ESTÁ CONTIGO SE ENVAIDECE
PORQUE EM TI ESTÁ O NOSSO NINHO.

PALAVRAS SENHOR, PALAVRAS NÃO SÃO O BASTANTE,
DIA APÓS DIA FICARÍAMOS ESCREVENDO DA TUA GRANDEZA,
SABEMOS QUE ÉS VIDA, VERDADE, REALEZA,
SALVOU-NOS PARA SEMPRE E NÃO SÓ POR UM INSTANTE.

GRAÇA SENHOR, GRAÇA FOI DERRAMADA SOBRE A HUMANIDADE,
VIMOS A TUA GLÓRIA RESPLANDECENTE,
FAZENDO RICO O QUE ERA POBRE, FAZENDO SÃO O QUE ESTAVA DOENTE,
SOMOS AGORA CHAMADOS POR AQUELE QUE SENDO DEUS SE FEZ HOMEM SEM DEIXAR SUA DEIDADE.

GLÓRIA SENHOR, GLÓRIA SEJA DADA A TI PARA SEMPRE!

Reflexão sobre a Teologia do Culto Cristão

O verdadeiro culto se torna mais profundo e intenso, quando o objetivo principal é a glorificação de Deus e a edificação da igreja. O culto desde a igreja primitiva foi cristocêntrico, e continua sendo nos tempos contemporâneos, se o culto não for plenamente voltado para a adoração e reconhecimento de Cristo, então esse culto, precisa rever qual é o alvo da sua reverência. Todos os demais itens que compõem o culto, tais como a pregação da palavra, os sacramentos, são partes essenciais do culto cristão.
Além do mais, o culto, não é feito ou prestado para agradar a homens, uma vez que ele é teocêntrico e não antropocêntrico. Ele é feito tendo em vista o glorificar, honrar, engrandecer a Deus, e, como, resultado disso, a igreja é edificada e atua como agente de transformação de pecadores.
O culto é o oferecimento de louvor e adoração ao Senhor e o reconhecimento da graça que Deus deu a igreja por meio da obra redentora de Cristo, trazendo á memória os ofícios de Cristo como Rei que governa todo o universo e que todas as coisas subsistem por Ele e para Ele, como Sacerdote que ofereceu o seu próprio corpo como sacrifício vivo e agradável a Deus e como Profeta que manifesta o amor e a vontade de Deus para a humanidade.
O culto cristão, só tem um alvo de adoração, a Santíssima Trindade (Pai, Filho e Espírito santo). Não adoramos anjos ou outros seres celestiais, nem a natureza, os astros, ídolos ou qualquer outra coisa, pois tudo isso fora criado por Deus, e por isso somente a ele damos glória, honra, louvor, adoração para todo o sempre.
Por meio do Espírito Santo que habita em nós, somos capazes de oferecer um verdadeiro culto, por intermédio dele o cristão chega até o céu e pode tocar a Deus com a sua adoração, sintonizado em íntima comunhão com o autor e consumador da nossa fé. Tão imensa é a profundidade do culto, que quando somos entronizados na presença de Deus por meio do Espírito Santo, temos a certeza que somos um só corpo com ele.
O culto é um encontro profundo e sublime com o criador Santo, Supremo, Justo, Fiel e Eterno, com os seus fiéis adoradores, que com uma atitude de sacrifício adora a Deus juntamente com os anjos do céu e como conseqüência disso o povo é abençoado na terra.
O culto pode ser também chamado de um serviço prestado a Deus, ao qual, quando esses trabalhos são realizados em espírito e em verdade, tornam-se adoradores e não apenas serviçais. Como diz Paulo aos Romanos, devemos prestar um culto racional a Deus, oferecendo a ele o nosso corpo como sacrifício vivo e agradável, dessa forma, experimentaremos a boa, perfeita e agradável vontade de Deus. O texto não diz prestar um culto agradável ao homem, mas a Deus, Ele é o centro, o Ser que adoramos e bendizemos.
As sagradas escrituras atuam como agentes reguladores daquilo que pode ou não ser aplicado e utilizado no culto, uma vez que nela encontramos o que é essencial, fundamental e principal para a prestação de um culto agradável ao Senhor Deus (Trindade).
Adoramos a Deus pelo que ele é, faz e fará. Ele é bom, reto, misericordioso, santo, justo e verdadeiro, Ele é o nosso Deus e nós somos os seus adoradores. Adoradores que o adora constantemente. Nosso culto não se encerra ou se limita ao momento que nos encontramos no templo, pelo contrário, uma vida que agrada a Deus tem que está incessantemente em sua presença prestando louvor e adoração.
A ordem no culto e a liturgia são ferramentas espirituais que atingem profundamente o coração do adorador e agrada a Deus. Quando o culto é prestado em espírito e em verdade, tem ordem, reverência, decência, é edificante e abençoa. Além disso, glorifica a Deus, edifica o corpo de Cristo e evangeliza os perdidos.
É de fundamental importância compreender o porquê da liturgia, a razão pela qual, de ser das partes do culto. Praticamente o culto se constitui de louvor, oração, pregação da palavra e a celebração bíblica dos sacramentos. Não há uma ordem específica, mas é essencial conter no culto esses elementos e essas celebrações que visam e tem como intuito principal glorificar a Deus.
Na visão de Isaías percebemos que o culto que agrada a Deus já está acontecendo e ali acontece a verdadeira adoração. O culto celestial não cessa, ele está ativo constantemente. Por isso, é tão importante sentirmos a presença de Deus para que tenha sentido o louvor, à adoração, às orações, a pregação da palavra, a celebração dos sacramentos bíblicos e à resposta obediente à voz de Deus.
O culto verdadeiro leva o homem a reconhecer a sua condição de pecador e de exaltar aquele que é Santo, Santo, Santo, o Rei da Glória, o Deus todo Poderoso, o grande EU SOU. Quando se tem uma idéia clara da visão (presença) de Deus, de si próprio e do povo (outro), é indícios de uma preparação para um culto que agrada a Deus.
O culto tem molde próprio, é a sua liturgia, a maneira como se ordena os atos ou partes do culto, não é um ritual único como regra, no entanto, a Bíblia ensina que deve haver “decência e ordem”. Ele tem que ter sentido, e o agente que dá sentido ao culto e que ilumina o cristão em todas as partes e atos que serão desenvolvidos nele é o Espírito Santo.
De fato, um culto bem preparado é como um prato bem temperado e feito com as melhores especiarias. A ordem, a decência e a edificação são princípios que devem ser desenvolvidos a fim de, glorificar a Deus e edificar os homens.
O verdadeiro adorador é atraído pela beleza da santidade de Deus e é levado a glorificá-lo, a adorá-lo e não apenas ser um expectador da glória de Deus. O culto cristão tem esse intuito, de levar as pessoas a serem capazes de ouvir a voz de Deus e de participarem do culto. É maravilhoso adorar. É tremendo ouvir a voz de Deus, senti-lo é um privilégio que somente os verdadeiros adoradores têm.
É dever meu e seu, de adorar a Deus pelo o que Ele é, pelo que Ele fez, faz e fará na nossa vida, na Igreja e na História.
O culto é como uma pista de mão dupla, onde o homem entra em um diálogo com Deus. Quando Deus fala, o homem se emudece, se concentra, medita, ora e chora na presença de Deus, depois responde de forma obediente. Ou seja, Deus manifesta a sua presença e o homem (cristão) responde com a confissão dos seus pecados. O homem reponde às expressões da graça redentora e perdoadora de Deus com orações de gratidão e com hinos de louvor.
Quando temos a culpa removida pelo senhor, celebramos, não com cânticos de confissão, mas com cânticos de louvor e de ações de graça. Assim, ficamos preparados para ouvir a voz de Deus.
Todo hino, leitura bíblica, orações, testemunhos devem ser apropriados com o momento do culto. O uso da liturgia não é uma camisa de força, mas uma ordem natural, lógica e inteligente das coisas. O culto pode ser temático e ainda assim ser litúrgico, solene, alegre, descontraído, uma vez que quem presta o culto somos nós cristãos adoradores e não o modelo como ele é celebrado, mas por quem é celebrado.
Cada momento do culto tem sua singular importância, e não há momento mais ou menos importante que outros, uma vez que o culto é prestado continuamente pelos verdadeiros adoradores. Quando a liturgia do templo se encerra, prossegue a liturgia da vida prática. Uma vida de adoração, louvor, amor e serviço ao nosso Deus Trino.